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Delamar Corrêa Mirapalheta
Advogado, Radialista e Vereador. Natural de Rio Grande, nascido no Taim, foi vice-prefeito e prefeito do Município.


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DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS IDOSAS

quinta-feira, 30 de Setembro de 2010 | 17:32

Hoje, dia 01 de outubro, comemora-se o dia internacional das pessoas idosas. A data foi instituída pela ONU – Organização das Nações Unidas, a fim de qualificar a vida dos mais velhos, por meio da saúde e da integração social.

O surgimento da data foi em razão de uma Assembléia Mundial sobre envelhecimento, realizada em Viena, na Áustria, em 1982.

No Brasil, a comemoração é feita no dia 27 de setembro, dia de São Vicente de Paula, o pai da caridade, tendo sido adotada a partir de 1999.

Pouco importa a data, o relevante é que em uma delas ou preferencialmente nas duas, dediquemos um espaço para meditarmos sobre o envelhecimento e suas conseqüências.

No plano legal, vale saudar o Estatuto do Idoso, vigente desde 2003, que garante alguns direitos em favor da terceira idade, tais como: não ficar em filas; não pagar passagens de ônibus coletivo; obter descontos em atividades de cultura, esporte e lazer; adquirir medicamentos gratuitos; vagas de estacionamento; dentre outros.

Contudo, em que pese se reconheça os avanços no plano institucional, há muito por fazer, notadamente no que se refere à integração social.

Envelhecer não é um processo simples. Requer de nós muita estabilidade emocional, sem a qual nos sobrevêm o desânimo e a depressão. É preciso elevar a auto-estima como meio eficaz de combate aos sentimentos de menos valia.

A propósito, reproduzo um texto de autor desconhecido que aborda a questão sobre o título “Idosos ou Velhos”.

“Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda não chegou a ser idoso.

Você é idoso quando sonha; é velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende; é velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor; é velho quando só tem ciúme e sentimento de posse.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; é velho quando todos os dias parecem o último de uma longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs; é velho quando seu calendário só tem ontens.

O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente, que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, transmitindo pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa: o velho se acaba a cada dia que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.

O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram; o idoso curte o que resta da vida. O velho se emperra no tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.

As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas tem idades bem diferentes no coração.

A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante. Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. Sábio é aquele que desfruta de cada uma dessas etapas em plenitude, extraindo dela o melhor.

Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos, guardará a jovialidade de um homem sábio.

Se você é idoso guarde a esperança de nunca ficar velho”.

Com essa bela mensagem, cujo autor não é conhecido, quero homenagear a todos os presentes, enfim, a todas as pessoas que integram a melhor idade, muito particularmente aos grupos da terceira idade, que com a sua jovialidade tornam a vida valorizada e proveitosa.

Muito Obrigado.

Discurso proferido na Sessão Solene realizada dia 1º de outubro de 2010 pela Câmara Municipal do Rio Grande, em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas Idosas.


Escrito por Delamar Mirapalheta

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Dia do Soldado

quinta-feira, 26 de Agosto de 2010 | 16:45

Discurso proferido em homenagem ao Dia do Soldado na Sessão Solene do dia 26.08.2010 na Câmara Municipal do Rio Grande:

O Dia do Soldado é instituído em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803.

Não há como prestar-se uma homenagem aos soldados brasileiros sem referir Duque de Caxias, um dos maiores vultos da nossa história. Sua biografia está pontuada de exemplos inspiradores que ainda hoje norteiam a vida dos homens de bem, particularmente dos que como ele escolheram a carreira militar.

Reproduzo o escrito contido na revista do Centro de Comunicação Social do Exército sob o título “CAXIAS 200 ANOS – SOLDADO E PACIFICADOR”. Em primeiro lugar porque concordo com as referências ali contidas e finalmente porque diante da grandeza da sua história e da exigüidade do tempo de que disponho nessa oportunidade para contá-la, é a melhor síntese da trajetória desse chefe militar vitorioso, do guerreiro obstinado e do homem de Estado exemplar que o Exército Brasileiro consagrou como Patrono.

[...] Em meio século de assinalados serviços prestados – coincidindo com um período crítico para a afirmação da nossa nacionalidade -, Caxias interpretou com invulgar lucidez a realidade de sua época, lutou pela consolidação da independência, pacificou províncias conflagradas e conduziu as Armas nacionais à vitória nos conflitos da Bacia do Prata. Tão importantes quanto à eficácia de suas ações militares foram a firmeza com que enfrentou os desafios políticos e a generosidade dispensada aos adversários vencidos nos campos de batalha. Restabeleceu o império da ordem, recompôs a coesão nacional e preservou as instituições e a unidade da Pátria. Daí ter passado à História com o cognome de “O Pacificador”.

Gosto de saber e de lembrar que Duque de Caxias, à época Barão de Caxias, esteve pessoalmente na nossa “pioneira, heróica e leal cidade do Rio Grande de São Pedro”. A história, é verdade, ainda não nos fez justiça atribuindo-nos esse título, que segundo o Professor João Marinônio Carneiro Lages, Presidente da Sociedade Amigos do Exército, nos pertence de fato.

A partir daqui, de fevereiro de 1843 a 1º de março de 1845, empreendeu uma campanha de pacificação da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, cujas pradarias outrora verdejantes aquela altura já se encontravam avermelhas pelo sangue derramado de tantos brasileiros, na fratricida guerra entre farrapos e imperialistas. Felizmente a têmpera militar e política de Caxias, suficientemente amadurecida, pôs fim a essa guerra entre irmãos com a assinatura do Tratado de Ponche Verde, em 1º de março de 1845.

Nesse e em outros tantos episódios ficou marcada de forma indelével a genialidade e as virtudes desse grande brasileiro. Nunca tripudiou sobre os adversários, ao contrário, soube ser generoso com os vencidos. Mercê dessas qualidades será sempre saudado como “O Pacificador”.

Da Revolução Farroupilha restou lições que ainda hoje precisam ser mais bem compreendidas. Contudo, por mais beligerantes que sejamos, fruto da nossa condição fronteiriça, que forjou uma geração de homens e mulheres predispostos a luta, não nos ocorre, não nos agrada, no passado, no presente e por certo no futuro, qualquer idéia separatista. Somos brasileiros e muito nos orgulhamos disso.

É olhando para o passado que nesse dia em que comemoramos o Dia do Soldado, queremos agradecer ao Exército Brasileiro, capitaneado por Caxias, todos os esforços encetados para nos reunificar sob a mesma bandeira, ícone dessa grande nação.

Permitam-me que eu destaque alguns fatos e estabeleça algumas comparações, que pela sua eloqüência bem demonstram as qualidades de um bom soldado. Duque de Caxias, de quem recolho exemplos a serem seguidos, foi um dos pioneiros abolicionistas. Era amigo do Senador Euzébio de Queiroz, autor da lei que aboliu o tráfico de escravos no Brasil em 1850. Foi um entusiasmado signatário da Lei do Ventre Livre, defendida pelo também seu amigo e compadre, o Visconde do Rio Branco. Contudo, foi no campo de batalha que protagonizou o gesto mais significativo da sua crença de que os homens nasceram iguais e para serem livres. Refiro-me ao episódio de Ponche Verde, quando assegurou a liberdade para os lanceiros negros farrapos, mediante o artifício de incorporá-los à Cavalaria Ligeira do Exército no Rio Grande do Sul.

Católico de fé robusta tinha pelo semelhante uma eterna dedicação. Não por acaso, preocupado com a violência dos castigos a pranchadas – pancadas de espadas e não podendo aboli-lo, por força do regulamento, ordenou ao Arsenal de Guerra que fabricasse espadas especiais para tais castigos, segundo modelo que forneceu. Na ocasião proclamou: “Por mais apropriadas e menos prejudiciais à saúde do paciente, para ao menos atenuar suas conseqüências, tanto quanto possível, sem torná-lo ilusório, até que outras disposições substituam os regulamentos que os estabeleceram”.

Por tudo isso, no dizer do escritor pernambucano Gilberto Freyre, “Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas comuns a militares e civis”. Tem razão Gilberto Freyre, a expressão “caxias” incorporou-se ao vernáculo como sinônimo de pessoa obstinadamente cumpridora dos seus deveres. Portanto, em que pese alguns utilizem essa expressão de modo pejorativo, ela distingue e honra a qualquer um que assim for denominado.

Na antiguidade viveu um centurião chamado Crasso, que compôs o primeiro triunvirato romano, juntamente com Pompeu e Júlio César. Diz a história que tomou a ofensiva na Síria contra os Partos, mas foi derrotado por um erro grosseiro de estratégia militar, que lhe custou a vida. Daí o significado de “erro crasso”, vocábulo amplamente utilizado entre nós. São duas personalidades da história, Crasso e Caxias, cujos nomes passaram à condição de adjetivo. Enquanto Crasso é relacionado a um grande erro, Caxias, para gáudio nosso, tornou-se um adjetivo para ressaltar virtudes.

Muito me honra o título que recebi de Amigo e Colaborador do 6º GAC – Grupo Marquês de Tamandaré. De fato, me confesso amigo e colaborador dos saldos da minha pátria e quero nessa sessão solene, em homenagem ao dia do soldado, exortar-lhes a continuarem a honrar, como sempre fizeram, os legados de seu patrono, o Duque de Caxias.

Tenente Coronel Sérgio Mesquita dos Santos, Comandante do 6º GAC, estou autorizado a dizer em nome dos Vereadores dessa comuna, daqueles que vão ver a dor do povo, que embora os poucos meses de comando, o senhor já não passa despercebido. Todos gostam da forma como interage com a nossa comunidade. O senhor é um bom soldado, um exemplar seguidor de Caxias. Transmita, de forma particular, a todos os seus companheiros de farda os votos do povo desta cidade de que encontrem no caminho do servir, a plena felicidade.

Muito obrigado e felicidades a todos.


Escrito por Delamar Corrêa Mirapalheta

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natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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