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CRÔNICA DO COTIDIANO DE UM CANHOTO

segunda-feira, 30 de Setembro de 2019 | 16:45

Representando uma parcela diminuta da população mundial, nós os canhotos temos sido amaldiçoados, perseguidos e discriminados ao longo dos tempos, historicamente até a higiene era função da mão esquerda. Crenças preconceituosas e palavras e ações pejorativas sempre lhe foram associadas. Os cumprimentos com a mão direita e até na Bíblia: “À direita de Deus Pai”, ficam as boas ovelhas. Óbvio que hoje, felizmente, se constata apenas um descaso para com as necessidades funcionais dos esquerdos.

Meu falecido pai Alberto e meu filho Gustavo pertencem a essa representação, confirmando uma probabilidade já estudada pela genética, o canhotismo é hereditário. Meu pai, de acordo com a cultura reinante nos idos de 1920, tornou-se ambidestro, inclusive com castigos físicos, a não escrever com a “mão errada”. Sua escrita era belíssima com ambas as mãos, nas demais atividades como alimentar-se, cavalgar e jogar futebol manteve sua origem.

Eu me classifico como “Canhoto Total” e sempre fui adaptando-me com as dificuldades de um mundo, todo preparado para a maioria absoluta de destros. A última há pouco, suportei num curso de tiro, até as armas utilizadas me deram mais uma experiência dessas vicissitudes. Registro que só tenho duas ações catalogadas como iniciativas para melhorar a nossa vida, uma em 1954, ano do meu nascimento, quando uma metalúrgica finlandesa produziu as primeiras tesouras com as lâminas invertidas. Depois em 70, à época do Presidente Figueiredo, canhoto, que andou sugerindo medidas, entre elas a de que 5% das carteiras de aula tinham que ser com apoio no lado esquerdo.

Um registro positivo é de que nos esportes em geral, mas particularmente nas lutas, segundo registros olímpicos, as melhores marcas são dos canhotos. Ufa!... Nos EUA e em alguns países da Europa existem associações que batalham por nossos direitos. No Brasil, para variar, criaram no final da década de 70 a Abracan – Associação Brasileira de Canhotos, que encerrou suas atividades em 1982, por falta de recursos, deixando milhões de canhotos sem representação ou na mão dos destros. Aos jovens, desejo que lutem e tenham melhores dias, o atavismo é nossa marca de sempre, vamos a luta.

 Representando uma parcela diminuta da população mundial, nós os canhotos temos sido amaldiçoados, perseguidos e discriminados ao longo dos tempos, historicamente até a higiene era função da mão esquerda. Crenças preconceituosas e palavras e ações pejorativas sempre lhe foram associadas. Os cumprimentos com a mão direita e até na Bíblia: “À direita de Deus Pai”, ficam as boas ovelhas.  Óbvio que hoje, felizmente, se constata apenas um descaso para com as necessidades funcionais dos esquerdos.

Meu falecido pai Alberto e meu filho Gustavo pertencem a essa representação, confirmando uma probabilidade já estudada pela genética, o canhotismo é hereditário. Meu pai, de acordo com a cultura reinante nos idos de 1920, tornou-se ambidestro, inclusive com castigos físicos, a não escrever com a “mão errada”. Sua escrita era belíssima com ambas as mãos, nas demais atividades como alimentar-se, cavalgar e jogar futebol manteve sua origem.

Eu me classifico como “Canhoto Total” e sempre fui adaptando-me com as dificuldades de um mundo, todo preparado para a maioria absoluta de destros. A última há pouco, suportei num curso de tiro, até as armas utilizadas me deram mais uma experiência dessas vicissitudes.  Registro que só tenho duas ações catalogadas como iniciativas para melhorar a nossa vida, uma em 1954, ano do meu nascimento, quando uma metalúrgica finlandesa produziu as primeiras tesouras com as lâminas invertidas. Depois em 70, à época do Presidente Figueiredo, canhoto, que andou sugerindo medidas, entre elas a de que 5% das carteiras de aula tinham que ser com apoio no lado esquerdo.

Um registro positivo é de que nos esportes em geral, mas particularmente nas lutas, segundo registros olímpicos, as melhores marcas são dos canhotos. Ufa!... Nos EUA e em alguns países da Europa existem associações que batalham por nossos direitos. No Brasil, para variar, criaram no final da década de 70 a Abracan – Associação Brasileira de Canhotos, que encerrou suas atividades em 1982, por falta de recursos, deixando milhões de canhotos sem representação ou na mão dos destros. Aos jovens, desejo que lutem e tenham melhores dias, o atavismo é nossa marca de sempre, vamos a luta.  


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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