A construção civil atual esta incorporando novos quesitos. A complexidade é tanta que passa a confundir os profissionais da área. Nas alvenarias, as instalações embutidas formam um emaranhado complicado: telefones, elétrica, fotocélulas e relés, redes de computadores, tubulações de água, esgoto e pluvial, de alarmes, câmeras e sinalizadores, condicionadores, lavadoras e drenagens... Tantos são os cortes nas paredes que elevam a construção civil ao ápice dos geradores de entulhos, hoje chamados de resíduos sólidos.
Na atitude, a construção das residências ditas inteligentes, do futuro, ecologicamente perfeito ou funcional, tem viva útil reduzida. Por varias razões: pelas fadigas de materiais e validade reduzida, acomodação do solo e intempéries, falta de qualidade na edificação e domínio de técnicas. Um esforço imenso, somente para viver uma ilusão, mero acaso de estarmos vivendo neste século ao romper da idéia que tudo recentemente lançado é bom.
Numa idéia pobre de pretensões, pensamos em não tirar a casca da banana do lixo, tentamos criativamente criar, compostagens, minhocários, cultura hidropônica, jardins elevados, biodigestores, recicladores... Outras pessoas também na melhor das intenções estão aterrando bahias, manguezais, lagos, mares... Para a construção de residências, a questão é: até onde e até quando o poder dos governantes e capitalistas é maior que a do povo pobre de pretensões.
O bem estar dos humanos contrasta com as regras de educação para a natureza, a construção civil entra em cena, num processo assustador de degradação do Meio Ambiente.
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Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.